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sábado, 14 de novembro de 2015

Reflexões sobre essa tal cena parte 3.

Após algum tempo despendido a cuidar de prioridades individuais volto a escrever e buscar digerir a realidade a qual estamos submersos de um universo e ou um mundinho a que muitos chamam de underground e ou cena. Não sei até que ponto apontar contradições e ou de expor uma visão que para muitos pode parecer distorcida, para outros negativa beirando ao niilismo. Porém acredito na livre circulação das ideias e os outros dois textos já me renderam alguns “deletes” de “coleguinhas” virtualizados, porque não interessados e ou que não aceitam o diferente mesmo vindo de pessoas que se dizem fazer parte de coletivos libertários. Porém aprendi a deixar determinados fatos e ou acontecimentos relacionados a alguns indivíduos caírem no esquecimento, pois as existências destes jamais foram relevantes para mim.
As reflexões deste referem-se à reprodução de uma ordem pequena burguesa estabelecida, por meio de uma pseudocultura erudita que está distante de representar a cultura underground, uma cena originalmente caracterizada como subcultura e ou contra cultura. Mais cultos e superiores? Ou acreditam em um progresso cultural no cerne da contra cultura? Até que ponto este espirito insuportavelmente limitado se apropria de meandros da tal cena pregando uma nova cultura e buscando matar a antiga. Jamais defenderia tradições, pelo contrario sou a favor de rupturas constantes em determinadas estruturas e a cena seria o pano de fundo nestes combates constantes. Para tanto busco exemplificar em fatos personificados.
Alguns eventos vêm sendo vendidos como superiores a outros, desde os lugares aos quais são realizados, até as atrações que vão ocorrer. Distante de qualquer originalidade, reproduzindo uma visão euro centrista e porque não uma cópia esdruxula de metropolização. Será que estou ficando velho e chato, beirando ao conservadorismo e um tanto quanto nostálgico ou estas novas tendências estão próximas apenas de minha pessoa? Caracterizar um evento em locais públicos, se apropriando de verbas públicas para benefícios próprios, assim como restringir o público que a este terá acesso, vendendo um produto politicamente correto: Apenas bandas que fazem parte da panela, exposições de um grupo seleto, venda de comida politicamente correta, sem consumo de bebidas alcoólicas. Sou vegetariano e não consumi drogas durante oito anos e hoje bebo, porém nunca fui panfletário e me senti superior, muito menos vanguarda de nada. Sinto uma aparência de estado provisório e superficial nestes “eventos cult”, o que antes eram realizados em locais precários, sem distinção de publico, muito menos restrições e ou o que rotulamos de “fitagem”. Soa a impressão de a cena tornar-se um jogo, a que o mais “cult” soma mais pontos, é mais respeitado, cultuado e idolatrado. Mesmo em pleno sertão interiorano paulistano, a liquida sensação de se nas capitais são o máximo, porque não reproduzir esta receita mágica?
Fica uma reflexão do filósofo Nietzsche: Parece que tudo retorna ao caos, que o antigo se perde, que o novo não vale nada e se enfraquece cada vez mais... A humanidade inteira está, nos seus movimentos, desprovida de fins e de objetivos. Parafraseando o pensador: A cena é um deserto ainda vasto, com poucos “Oásis” repletos de amizades sinceras que ainda faz valer apena, e desbravar esta imensidão é um dos maiores desafios dos que ainda acreditam. Ou será que chegamos a um lugar sem volta, do qual não podemos recuar?
Joey é escritor autodidata.

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